(Meu)s (D)Eus!!!

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Local: João Pessoa, Paraíba, Brazil

27 novembro, 2006

Ele caminhava para algum destino conhecido, seus passos largos e apressados destoavam do seu semblante calmo e tranqüilo. Um fardo pesado havia saído de suas costas e desta vez tê-la largado não o trouxe a sensação de culpa como era de costume, sentia que amadurecera que estava relativamente livre.

“Existem lições das quais nem um mestre pode lhe ensinar, há não ser o tempo, a persistência de querer aprender e a paciência.” E finalmente isto se fez verdade, e como que por um passe de mágica o véu que lhe encobria a visão se desfez no vento e ele pôde enxergar pela primeira vez, com seus próprios olhos, todas as coisas das quais ele já sabia, por intuição ou por que haviam lhe dito, mas ver com os próprios olhos era algo novo e encantador. Em tempos passados estaria se culpando por não ter dado ouvidos, mas hoje sabe que o conhecimento vem com o tempo e que o tempo não falha, mesmo que não o compreendamos na maioria das vezes.

A sensação que lhe acompanhou "há tanto tempo por tanto tempo" retorna mansamente, e aos poucos lhe envolve todo o corpo tomando uma forma semelhante ao de antigamente, agora é o momento de esperar e viver apenas por viver até o grande dia chegar. O dia em que o destino nos dará permissão para caminharmos juntos.

24 novembro, 2006

Súplica

Com as suas mãos
Despedace minhas antigas memórias
Dê um fim a minha tristeza
Venha, perfure este coração que anseia por amor

Olhando para o céu onde o amanhã deverá chegar, percebo que
Meu coração sempre perdeu mais do que podia agüentar.
O pássaro ao meu lado voa avidamente
Provavelmente encontrou uma luz em algum lugar

“Ei, passarinho, você não quer me dar uma carona em suas costas?
Para o lugar mais alto do mundo e me deixe
Bem longe de qualquer gentileza.”

Olhei o pássaro voando ao encontro do por do Sol
Levando sua sombra que se arrasta sobre a terra.
O vento me acaricia, bagunçando meus cabelos.
Não irei dizer que quero asas
Mas não me importaria de ser uma pétala de Melissa dançando no ar.

Fiquei preso aqui por muito tempo em busca de uma resposta, mas
Talvez não exista resposta a se buscar,
Assim como não há destino para este vento.

Me aprisione com suas mãos
Não precisa hesitar
Mesmo que eu esteja cometendo um erro.
Venha! Termine comigo ao som
Da tranca caindo aos pedaços
Para que dessa maneira eu nunca seja livre novamente

Minha alma sem esperança irá embora e desaparecerá
E no momento em que isso acontecer, irá brilhar fracamente
A luz de uma noite com um maravilhoso luar.


Escrito em um dia monótono depois de passar o entardecer sentado na areia da praia.

23 novembro, 2006

NOSTALGIA

Mesmo sozinha você pode andar
Mesmo sozinho e vazio eu posso procurar um sonho
Um dia, eu te toquei desejando protegê-la
E eu espero o desejo passar, com meu dedo quebrado.

Você anda apontando para o amanhã e eu só vejo o ontem
Eu encontro coisas irreais, e você quer andar comigo.

O seu escudo era uma armadilha
Por causa dele, o sonho vai sendo derramado aos montes
Você me visita as noites, ciente do tempo que perde
Uma nova manhã, é o momento da separação

Você me diz para apressar-me, e eu vejo suas costas subindo o monte
Minha voz tenta, mas não te alcança, e minha força é irreal.

A fim de orar outra vez, sonho controlar meu tempo
A manhã me espera com um escudo ao meu redor.

Gentil Alvorada

Você é um sonhador frívolo sempre a procura pela eternidade
Constantemente aderido a sonhos incertos. A onde você está indo agora?
Enquanto procuras pela chave que abre o crepúsculo, eu choro
Incapaz de alcançar a sombra da Lua. Para onde você esta me levando agora?
Mesmo que segredos estejam perdidos em nossos olhos,
Nós nunca desataremos nossos braços um do outro.
A Lua pálida de janeiro, oculta as cores do nascer do Sol,
a alvorada doce de uma noite que não deve terminar.

Dolorosamente preso por causa do peso do amor
Meu coração não mais chorou por liberdade.
Já que as coisas brilhantes só existem em lugares escuros,
Fitei a pequena janela da sua alma nesta distância que nos separam.
A Lua pálida de janeiro se afunda na eternidade,
A alvorada gentil de um amor que não deve acabar.

22 novembro, 2006

Meu Sol

A memória da semente ali esquecida e a flor que agora desabrochou
depois de muito tempo, possui um cheiro inesquecível
Você é como o Sol que me conforta dizendo
"Está tudo bem, seja forte..."

Gostaria de orar do meu jeito
Esperando na silenciosa manhã.
Amanhã, será que meu Sol nascerá?
Quem tem a resposta?

Abra seus olhos para uma cegante lembrança, você que é meu Sol
Perdido em coisas que eu deveria saber, você me abraça devagar
"Obrigado pelo seu amor... obrigado pelo seu amor..."

Quem poderia realizar meu desejo de ser aceito?
Sem a serenidade do amanhecer
E sem este calor sobre mim
Não poderei florescer.

Gostaria de orar do meu jeito
Para este desejo um dia realizar-se
E então, toda dor que me atormenta
irá tornar-se especial...

Amanhã, será que meu sol nascerá?
O som certo e triunfante do amanhecer
Esperando o tempo de despertar está tão longe...
Meus olhos estão abertos. Será que você está aí?

Ainda que esteja somente em meus olhos
Ainda que esteja somente em minha mente
Espero o amanhã para me banhar em sua luz.

Sonhos de Mentira

Que tipos de sonhos eu devo perseguir?
Você parece simplesmente sussurrar a resposta
O futuro, que parecia tão distante
Corre ao meu lado agora
E grita para mim em voz que não pode ser escutada.
Quero aliviar meu corpo amedrontado.
As cicatrizes dentro de mim só trazem sofrimento,
Eu vivo no mundo real pela minha própria força
O fim dos meus sonhos de mentira está do outro lado das minhas lembranças,
E até que a minha prece seja ouvida
Eu orarei todos os dias e noites.
Eu amo você e me importo com você,
Tanto que eu choro lágrimas de amor.
Nos sonhos que eu pintei, eu vi esse quarto
Tão sufocante para eu respirar
E grita para mim em voz que não pode ser escutada.
Quero aliviar meu corpo amedrontado... Agora!
Essas noites sem dormir rasgam o amanhã em pedaços.

21 novembro, 2006

Alguém que estava esquecido,
silencioso e furtivo,
se ergue oculto e sorrateiro
por trás de sua mente.

Você não pode entendê-lo,
apesar de alimentá-lo,
pois sabe que ele está aqui
e não sabe por quê.

Os joelhos ainda sangravam,
e você entende que ele passou por
muitos lugares, sempre
caindo e se levantando.

Seguindo seus passos sem
que você perceba, aprendendo
o que você ousou a ensinar e
ensinando o que você queria aprender.

E agora você olha e escuta,
Escuta e espera, a voz do guia
que parece não querer retornar.
E isto é tudo o que você quis.

É tudo o que você necessita...

Tudo o que você queria...

“Ele fala tudo o que precisa
na dose exata e no momento
certo”. Mas você prefere o silêncio
e não sabe porque.

Você está buscando alguém
para estar junto apenas para
em seguida empurra-la para
longe com toda sua força.

Sempre haverá uma ferida a se descobrir
sempre haverá algo a se dizer,
mas você só se tornará segura
se o silêncio dele lhe acompanhar.

É isso que você pede, é para isso que
você torce. Pois só assim você se sentirá
bem por muito tempo. Em quanto caminham
sozinhos por fora da estrada.


*Fala por mim...

Nossa! Nem sei o que me deu para querer um blog nesta altura do campeonato, nunca fui de “escrever ao público” ou externar meus pensamentos íntimos para a grande massa, mas algumas pessoas me convenceram dos benefícios da escrita, do quanto ela pode nos acalmar e nos tornarmos mais receptivos. Bem, estou apenas curioso para saber como isso vai ser.

Até porque não espero que muita gente venha gastar seu tempo aqui!! ^ ^

Valeu Galera!


Ps.: Podem entrar, fiquem a vontade, não reparem na bagunça nem na balburdia dos meus pensamentos, eles só estão aqui para que eu possa organiza-los.