Diretriz

Sentada em um banco, na rodoviária,
Esperando o ônibus que me devolve ao lar,
Sinto-me como em uma guilhotina,
Esperando a hora do abate.
As pessoas que por mim passam
Não imaginam a angústia que carrego,
Por estar voltando para casa,
Distanciando-me, novamente, do Meu Paraíso.
As lágrimas teimam em aparecer,
Para mostrar ao mundo a dor que sinto,
Tamanha tristeza causada pela saudade,
Maldita saudade, que tanto nos machuca,
Maldita saudade, que tanto nos testa,
Maldita saudade, que não conhece o Amor.
Mas eu sou guerreira e nada vai me fazer desistir:
Nem a tela fria da distância,
Nem o vidro que me impede de te tocar,
Nem as lágrimas que vêm diariamente me visitar.
Porque eu hei de voltar,
E várias vezes passar por esse abate,
Até que eu não precise mais ir embora
E possa ficar no Paraíso pela eternidade.
Esse é o meu futuro, é a minha diretriz:
Te Amar muito, te fazer finalmente feliz,
E fazer essa saudade, essa maldita saudade
Ir embora de uma vez e nunca mais voltar.
*Meu primeiro poema aqui, escrito na rodoviária de João Pessoa, em uma longa espera pelo ônibus, para voltar a Natal, sofrendo por ter que ir embora e me distanciar, novamente, do Meu Amor.